Descrição

Caneca de porcelana, com um excerto do poema Ode Marítima, assinado por Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa. 

ODE MARÍTIMA

Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto. (...)

MEDIDAS E CAPACIDADE

Altura: 10 cm 

Largura: 7,5 cm

Capacidade: 28 ml

Sabia que Fernando Pessoa escreveu um texto intitulado Crónica Decorativa I, em que falava do Japão e de porcelana:

(…) como se um estudioso como eu da porcelana nipónica pudesse admitir que há más viagens para os japoneses, que — delicioso povo! (…)

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